Treck 9.9ssl ellite team

Treck 9.9ssl  ellite team

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quebrantahuesos,1ª internacionalização

Boas, depois de tanto treino chegou a hora do tira teimas, a possibilidade de chegar ao fim de  tão dura etapa, com 205km e com uma altimetria anunciada de 5500m de acumulado positivo.


Bom  logistica tratada para 3 dias,  em autonomia total. sexta feira e chega o tão esperado dia, por volta das 03h00 da manha já o amigo Ricardo Esteves se encontrava á minha porta, para pouco depois nos juntarmos ao resto do pessoal que já estava em Famões a carregar a Vito do António. até Espanha uns kms depois de badajoz o 1º caso do dia, hehehe uma multa por excesso de velocidade, e como os homens da guardia civil são uns porreiros fizeram-nos 50%  de desconto,lol claro se tivermos dinheiro vivo.



Viagem tranquila tento em vista que quase atravesamos o pais vizinho quasse de lés a lés, para chegar ao destino tinhamos mais de 1100km para fazer, de frizar que grande parte da paisagem me pareceu um pouco desertica e seca, com alguns treixos de montanha e com uma central nuclear pelo caminho.




Bom chegados ao destino com alguma peripecias pelo caminho que claro fazem parte de uma viagem tão longa, caso do Vaqueirinho com alguns disturbios indesejados,hehe, e o Carlos a hidradar por cima e a sair por baixo, com o amigo Pimentas a xonar quase toda a viagem e o Xico claro com todas as suas teorias,na berlingo era a parodia total.
A paisagem á chegada aos Pirinéus é brutal com uma subida algo inclinada após a passagem por pamplona, e lá no alto a mais de 1400m de altitude ao fundo um enorme vale e bem á distancia os tão temidos picos a que chamam de "PIRÌNEUS" com alguns deles a chegarem aos 3300m de altitude, lindo.




Bem com a mais valia que é ter militares de carreira no seio do grupo, e sendo pessoal com alguma experiencia nesta andanças lá nos dicidimos por um parque de campismo, ao invés de fazermos  campismo selvagem, como era a vontade de alguns hehehe lol, arranjamos um parque excelente mesmo na saida de Sabinanigo a pouco mais de 8km o que até havia de servir ás nossa intenções, pois dava para aquecer um pouco até á linha de partida, um parque pequeno mas muito simpatico, já sabemos onde ficar para a proxima, no mesmo dia ainda haveriamos de pegar nas burras e fazer o trajecto até á vila, com a intenção de levantar os respectivos dorsais, de frizar que a arganização é simplesmente brutal, visto estarmos a falar de mais de 9000 pessoas, nunca se deu o caso de esperar muito tempo ou mesmo nenhum, impresionante e devemos ter como exemplo de organização.tudo pronto para o dia D, com o coração a bater um pouco mais devido ao nervozinho que teimava em não me largar.




Sabado, 06h00 da matina e já o Ricardo andava com os morfes ás voltas e com as pilulas a cairem pró chão, e eu cheio de sono de pois de tamanha viagem e de uma galhofa antes de trodos ir-mos dormir, com uns valentes morteiros pelo meio que os Espanhois até ficaram com os olhos em bico, hehehehe.

Antes das 7h30m chegavamos á linha de partida, nem queria acreditar, na quantidade de pessoas e bicicletas que ali se encontravam, my god tanta gente, bom noticia da manha, como eu tive que parar nun cafe para um café  e uma descarga de ultima hora o António e o Xico não esperaram e foram para a linha antes de nós, nesse intervalo de tempo ficamos com mais de 1000 pessoas entre nós, impresionante, mas como bons Portugas que somos pegamos nas burra ao colo e lá fomos nós arrepiar caminho por entre a multidão até chegarmos aos nossos amigo, vale que os Espanhois são mais tolerantes em relação a isso, não stressaram népia, impecavéis. quando lá chegamos era a visão do inferno, tinhamos mais de 5000 pessoas á nossa frente de certeza, como se pode ver nas fotos.







Tiro de partida, e nós nem nos mexemos hahahahahhahhah, só passados talvez uns 15 minutos é que arrancamos mas com um pé no chão pois não dava para pedalar, nos 1ºs kms o grupo esteve sempre junto, com  o Ricardo e o Xico a meter ritmo por entre tanta gente, e para mim este desafio tinha outro proposito que era tentar chegar ao fim, se possivel com um tempo razoavel e com umas belas fotos e recordações para levar para casa, e naquele itmo achei que seria complicado e pouco depois de sair-mos de Sabinanigo, abdiquei de acompanhar os meus amigos, alguns criticaram outros nada disseram, mas para mim foi o melhor que podia ter decidido para o ano logo se vê.
Com uma inclinação ligeira começamos a subir em direcção ao coll de Samport com uma altitude de 1800m, sempre com muita gente e com varios ritmos era só escolher, os 1ºs 3 terços da subida eram relativamente ligeiros com inclinações medias sempre a rondar os 5%, e com a ultima parte já a chegar á estância de ski de Candachu, a fazer as 1ªs mossas, mas as paissagens tinham começado, é lindo com picos altissimos e escarpas de meter medo, com neve ainda nalguns mais altos lindo lindo.





Abastecimento liquido feito e uns geles no bolso, lá me fiz novamente á estrada, com uma perca de talvez 3 ou 4 minutos, mas estava tranquilo, de salientar que todos mas todos os abastecimentos era impressionantes tinham de tudo, barras,geles, sumos, sandes, bolos, etc etc etc.
1ª grande descida do  dia quase 40km com inclinação negativa, e com a 1ª parte mais tecnica a fazer as suas vitimas caso de nas 1ªs curvas já lá estava um estendido no cão com a ambulancia para o levar, as descidas são alucinantes, quem não tem um coração forte perde tempo sem duvida que perde, a Time atingiu uns singelos, 89.6kmh, sim 89.6kmh, não parece nada mas com dezenas de pessoas ao lado e á frente e a traz, com curvas que não conheço, é um pouco de louco, nesta altura já estavamos do lado Françes, e a paisagem tinha ficado mais verde com mais arvores, muito lindo andar de bike por entre aquele vale em direcção á 2ª subida que é  o coll de Marie Blanc, uma subida de 10kms e com os ultimos 4 com percentagens medias acima de 11%, durissima, com calma fiz a subida ao meu ritmo, deixando para traz um Portugues que tinha conhecido na descida, os ultimos 4 são mesmo duros, e o Ricardo diz que a vez no barrote com o Pimentel na sua roda fogo foram de mota, os campeões.no alto a 1ª cronometragem para mim 3h35m, mais uma descida bem tecnica com uma queda á minha frente que deu em valeta, e uma cabeça partida pelo menos, o resto não vi. 2º abastecimento num vale ainda a meio da descida do Marie Blanc, mais liquidos e siga, curva contra curva e lá cheguei ao fim dela sem precalços.





Mais um vale plano para descansar um pouco as pernas e seguir numa roda qualquer, em direcção á que viria a ser a pior de todas as  subidas, o COLL DE PORTALLET uma 1ª categoria do Tour de France, com perto de 30 kms de subida, a 1ª  parte da subida talvez os 1ºs 10 km a serem feitos com pouco inclinação média mas sempre com a percentagem a subir, pala subida acima todo o tipo de ciclista, com uma paisagem linda, altas montanhas e placas avisar perigo de avalanche, e vários lagos e pequenas centrais electricas, que aproveitam  a agua do degelo e da propria montanha, para gerar energia, vários prados com familias a verem os ciclistas e a brincarem com os filhos ao lado dum rio que corria em direcção á base da montanha.





Na 2ª parte da subida uma imagem a dureza aumentou muito e com o desgaste acumulado, os km custavam a passar, mas na parte final foi arrepiante com centenas de pessoas á beira da estrada tal volta á França numa chegada em alto, a incentivarem-nos a continuar, foi brutal conseguir passar o tpo do Coll do Portallet.


E pronto a partir daqui já sabia  que só faltava o hoz de jacca, até lá mais uma descida muito muito rapida com bom piso e curvas abertas a pedir speed, só tinhamos que ter algum cuidado com o transito, mas ainda não tinha terminado quando cheguei ao muro de jacca quase parava tal era a inclinação daqueles 4 km, com estrada em mau estado, mas com uma vista linda sobre um lago de aguas azuis, lindo,

finalmente  as dificuldades tinham acabado, faltava um descida talvez a mais perigosa, com curvas apertadas e contra curvas e piso em mau estado, mas no final  só faltariam 18km para o final, agarrei-me a um pelotão de talvez 30 ou 50 ciclistas e fomos apanhando pessoal pelo caminho sempre perto dos 40kmh, e no sprinte final eramos talvez 200 hehehehe.

Fim desta etapa muito satisfeito pelo que tinha feito sozinho, com muita gente mas sozinho, com o meu intimo e os meus pensamentos que me ajudaram a superar as dificuldades do percurso, e do corpo, muito satisfeito, com o tempo de 07h23m32s com a posição 2574.

Era hora de encontrar os outros duros que já tinham chegado á algum tempo,  beber um café e descansar um pouco na companhia do Ricardo  e do Pimentel.





Resto do dia passado no camping a relatar oas aventuras, e domingo uma dura viagem de regresso a casa, as saudades já eram muitas.

Resumindo, pró ano á mais mas sem maquina fotografica

Cumprimentos
Bruno Afonso

segunda-feira, 25 de junho de 2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

Dureza na serra mãe

Boas.


Infelizmente não pude acompanhar os amigos duros do  pedal, pois tinha uma etapa combinada com o meu grande amigo Ricardo Esteves na "serra Mãe" ou melhor serra da estrela, bem o Ricardo foi um cicerone impecável com o track que tinha programado.


Ás 04 da manha toca o despertador bem nem queria acreditar, é que no dia anterior fiz anos de casado e um jantarinho bem comido e regado com uma valente vinhaça,na companhia das minhas mais queridas, Paula e Beatriz. a hora combinada de saída era 05 da manha para nos deslocarmos até á terra do Ricardo  " Fornos de Algodres", viagem tranquila e em menos de 3 horas chegamos ao destino.




Bem nunca tinha estado daquele lado da serra, e a vista do município ficou ofuscada com a neblina que se fazia sentir por volta das 08.30, ainda pensei que iríamos apanhar chuva, vá lá que levei a capa, fizemos-nos á estrada por volta das 09 depois do Ricardo e eu cumprimentarmos o seu pai, e falarmos um pouco enquanto nos equipávamos, bem vou ser sincero, estava com um nervoso miudinho, 1º porque nunca tinha andado em alta montanha e 2º porque não sabia bem que ritmo iríamos impor em tão complicada subida.

Café tomado e lá rumamos em direcção á cidade de Seia, que fica mais ou menos a 20 e poucos km, o que serviu lindamente para efectuar um óptimo aquecimento que viria a ser a melhor opção, começamos a subida a um ritmo calmo com o pulso cardíaco a não ultrapassar os 170 e o alarme estava aos 165, curva após curva rampa após rampa lá fomos subindo, o Esteves é impressionante o motor ia ao relantim lol, e só me dizia´"- há até ao sabugueiro não custa nada, e eu só me apetecia dizer-lhe estás a brincar não, hehehe prós fortes não custa nada, lol".
Mas com calma lá chegamos á aldeia mais alta de Portugal continental, uma paragem rápida na placa para a posteridade e uma risota pegada, devido ao telemóvel  que não queria tirar uma foto do momento, mas la consegui, e até ficaram boas.


Que cara de cromos,lol.


Bem lá continuamos a nossa tirada, pois ainda tínhamos a maior parte da subida para fazer, do local onde estávamos faltavam precisamente 19km, e seriam os mais duros, com a maior parte da subida a não baixar dos 8% de inclinação bem dura.



Chegada á torre com 1h.50m, não foi a melhor marca para os 29km, mas a intenção era procura o melhor ritmo para subidas de alta montanha e também treinar em altura, pois tínhamos programado um dia a andar de bike acima das 5h de treino o que se veio a confirmar, conforme diz o garmin, 6h.30m, bom chegados á torre mais uma pequena paragem para umas fotos e uma coca fresquinha que soube que nem ginjas.







Pela subida acima temos tempo para pensar em tudo e também de verificar que o nosso país é brutal com paisagem de cortar a respiração, e de bike temos uma preçepção que não temos quando passamos por esses locais de carro.

Como por exemplo estas.





1º objectivo  atingido e lá nos fizemos á descida que iria ser longa mais precisamente até Manteigas, pelo vale glaciar, uma descida feita nas calmas pois a estrada está muito degradada, na saída da torre o frio era demais mesmo para esta altura do ano, o que também serviu para perceber que no quebra ossos não podemos descurar essa situação, já a meio da descida uma queda de agua espetacular com uma agua mais que pura e límpida, mais uma das imagens que ficam, aproveitamos para tirar os corta ventos, pois no vale á cota de 900m de altitude o calor sentia-se, finalizamos a descida atraz de um carro que gastou as pastilhas todas de certeza pois travava em todas, o que nos obrigava a travar em demasia, á entrada da vila de Manteigas o caso do dia, com os travões em brasa e com um pneu da medida 700/20 a câmara de ar do Ricardo não aguentou e explodiu. paragem para mudar e foi logo um filme para tirar o pneu, câmara nova e toca a encher, mas o pior estava a acontecer, ao colocar a nova furamos a única câmara que tínhamos levado, bem estava o filme armado, domingo numa vila onde não se via vivalma, e longe de casa, isto é no coração da serra da estrela, lá tive uma ideia que não sabia se ia resultar, montamos o meu boyoux que levava suplente na roda de pneu, resultou, só não conseguimos foi enche-lo como queríamos, deu para ir a uma bomba, com uma senhora e um senhor que só teem clientes porque são a única bomba na zona, tal era a simpatia, não resolveu, porque pouco mais de 5bar de pressão conseguimos por, bem tínhamos que arriscar era só ter cuidado nas descidas e nas curvas, mas mesmo assim não estava bem pois mal arrancamos o pipo mudou logo de posição, pedimos para um senhor de Famel nos informar onde poderíamos comprar remendos ou encher o boyoux, bem estava com uma tola á hora de almoço que nem conseguia arrancar com a mota, mas muito amável lá nos levou até sua casa onde tinha um compressor, o único problema era a localização, no topo da vila e tínhamos que lá chegar por um empedrado com uma inclinação que vai lá vai.




Bom lá resolvemos o problema do boyoux e tínhamos mais uma dura tarefa pela frente, era a subida de Manteigas para as Penhas Douradas, mais 20km a subir mas é daquelas subidas que nos faz lembrar as subidas das grandes voltas com curva atraz de curva e o mais curioso  era para onde virasse-mos ficávamos sempre com a vila de Manteigas á vista, mas a uma altitude bem diferente, e quanto acabamos a subida estávamos a uma cota de 1700m.





Forças restabelecidas com uma barra e um gel, só faltava restabelecer a agua, e o amigo Ricardo foi um grande cicerone, levando-me a alguns sítios bem curiosos, caso da fonte do Monteguinho, para quem não sabe é onde nasce o rio Montego, como é possível de uma pequena nascente acabar num grande rio, bem a água era maravilhosamente fresca e saborosa, sim porque a água tem sabor, simplesmente brutal, tempo para mais umas fotos, para mais tarde recordar.





Era então hora de voltarmos a casa, que ainda estava a uns bons 40kms, descendo em direcção a  Gouveia, mais uma descidas feita nas calmas não fouse o boyoux sair da roda, uma descida que se pode tornar numa penosa subida bem dura sem nenhum ponto de descanso, a subir claro ainda bem que a descemos, pelo meio a ultima paragem, na cabeça do velho ainda a uma cota de 1200m, e claro mais umas fotos.





A  nossa etapa estava a chegar ao fim, faltando só finalizar a descida até Gouveia, e o trajecto até Fornos de Algodres, onde nos esperava um franguinho feito no forno, feito pela amavél mãe do Ricardo e pelo pai que me receberam na sua casa como se estivesse na minha, MUITO OBRIGADO.

De  salientar  para finalizar, o clima esteve sempre impecável, nas subidas céu coberto o que foi bom devido ao calor que se fazia sentir quando abria, a ausência de vento e a companhia, sempre paciente companhia que nas subidas podia ir e dar-me uns valentes minutos e por  fim a dureza que é chegar á casa dos pais do Ricardo ao lugar de Enfias, que depois de um valente empeno ainda temos que fazer umas rampas durissimas.

Uma espetacular jornada, para repetir.

Cumprimentos

Bruno Afonso